Juízes comemoram 14 anos na magistratura de MS
No dia 29 de maio, 24 integrantes da magistratura sul-mato-grossense completaram 14 anos de judicatura. Para o XXIV concurso de ingresso à magistratura de Mato Grosso do Sul 850 interessados se inscreveram e 24 foram aprovados, o que, naquela época, foi considerado recorde em número de inscrições e também no número de aprovados.
Dentre os aprovados estavam quatro ex-servidores do Poder Judiciário: César de Souza Lima, Luiz Felipe Medeiros Vieira, José de Andrade Neto e Silvio César do Prado. O certame começou no dia 2 de dezembro de 2001, com a prova objetiva, e terminou no dia 10 de abril de 2002, com a prova oral.
Foram empossados, na tarde de 29 de maio de 2002, os juízes substitutos Adriana Lampert, Alessandro Carlo Meliso Rodrigues, Alessandro Leite Pereira, Aline Beatriz de Oliveira, Bonifácio Hugo Rausch, Cássio Roberto dos Santos, César de Souza Lima, Deni Luís Dalla Riva, Jorge Tadashi Kuramoto, José de Andrade Neto, José Henrique Kaster Franco, Larissa Ditzel Cordeiro Amaral, Luciane Buriasco Isquerdo, Luiz Alberto de Moura Filho, Luiz Felipe Medeiros Vieira, Marcel Henry Batista de Arruda, Marcus Vinícius de Oliveira Elias, Mário José Esbalqueiro Jr., Marli Miyuki Miyashita Nishimura, Mauro Nering Karloh, Paulinne Simões de Souza Arruda, Renato Antonio de Liberali, Rosangela Alves de Lima, Silvio César do Prado.
De 2002 até os dias atuais muitas coisas aconteceram, houve inúmeras alterações no ordenamento jurídico e os juízes enfrentaram todo tipo de desafio nas comarcas por onde passaram. Em dezembro de 2004, a juíza Marli M. M.Nishimura faleceu. Atualmente, muitos alguns empossados estão em comarcas de segunda entrância e outros em comarcas de entrância especial.
Agora, 14 anos depois, será que os juízes ainda fariam a mesma escolha da carreira? Durante todo o dia, o grupo recebeu muitas felicitações de outros juízes e alguns se manifestaram. Questionado sobre o que mais o marcou nesse tempo de magistratura, Jorge Kuramoto respondeu sem titubear:
"O que mais me marcou foi a amizade que se criou com este grupo maravilhoso. Pessoas sinceras, solidárias, que sempre me ajudaram. O Des. José Augusto me disse naquela época que o Judiciário agora era a minha família em Mato Grosso do Sul. Vejo que ele tinha toda a razão", disse, lembrando do então presidente do TJMS, Des. José Augusto de Souza, hoje aposentado.
Na verdade, 14 anos de magistratura é um longo caminho. O que mais teria marcado o juiz César de Souza Lima nessa caminhada? “Não tem marcas, foram anos bem vividos, imaginando que bem servia no meu trabalho e aqueles que dele necessitam. Se tivesse que escolher, a escolha seria a magistratura. Sempre”, garantiu.
Pouco antes da posse, Luiz Felipe Medeiros Vieira afirmou que a convivência com juízes e desembargadores fez com que se afeiçoasse à carreira. Agora, como presidente da Associação dos Magistrados de MS (AMAMSUL), Felipe reconhece que fez a escolha correta.
“Todo esse tempo serviu para confirmar a opção pela magistratura como carreira porque pude desempenhar a função para solucionar os mais diversos tipos de problemas e promover uma tentativa de pacificação. Sinto-me realizado por ter seguido na judicatura nesses 14 anos”.
Silvio Prado também reverenciou a data. “É uma ótima turma. Valeu! Parabéns aos colegas e que, com a graça de Deus, continuemos nossa linda missão de prestar justiça a um povo sofrido”.
Para Larissa Ditzel, a data merece comemoração: “Parabéns, colegas! Que Deus nos ilumine e fortaleça na missão de cumprir o juramento feito há 14 anos”. Deni Riva confessou: “É muito bom fazer parte da magistratura de MS. Saudades da Marli”. Mário Esbalqueiro resumiu mais de uma década de luta em poucas palavras: "14 anos de um sonho realizado e do início de grandes amizades".
O Poder Judiciário estadual em 2002 tinha 127 juízes e, com a posse dos novos substitutos, passou a 151 magistrados. Não foi fácil para os concorrentes e foi possível constatar isso pelo grande número de candidatos de outros Estados, como foi o caso de Adriana Lampert, do Rio Grande do Sul, que aprovou o sistema de seleção de juízes de MS.
Ao ser aprovada, ela esclareceu: “Aqui, se exige conhecimentos prático, raciocínio lógico e jurídico, o que é fundamental para não ‘cair’ na decoreba”. Ela demonstrou satisfação em fazer parte de um órgão que se preocupa com as questões sociais: “É muito importante aproximar e integrar o Poder Judiciário e a população. Isso faz com que pequenos conflitos sejam resolvidos apenas com conversa e acordo, evitando que cheguem ao Judiciário e acabem por sobrecarregá-lo”.