Juízes completam 20 anos de magistratura em MS
Há exatos 20 anos, oito juízes ingressavam na magistratura sul-mato-grossense: Alexandre Antunes da Silva, Alexandre Saliba, Aluizio Pereira dos Santos, Ariovaldo Nantes Correa, Eduardo Magrinelli Jr., Eliane de Freitas Lima Vicente, José Domingues Filho e Luiz Antonio Cavassa de Almeida.
Desses apenas um, Alexandre Saliba, deixou a magistratura; seis judicam em comarcas de entrância especial e um, em comarca de segunda entrância. Nesses 20 anos, todos já atuaram nas áreas cível e criminal, família, infância e juventude, mas qual teria marcado efetivamente a vida desses profissionais?
Luiz Antonio Cavassa, que atua como juiz auxiliar da presidência do TJMS, confessa que nunca pensou em ter outra carreira que não fosse a magistratura. Questionado sobre o que mais o marcou nessas duas décadas de judicatura, ele enfatizou que é o querer trabalhar.
“Não basta fazer, é preciso o desejo de trabalhar porque todo dia é uma realização, já que o juiz resolve problemas de muitas pessoas, principalmente dos mais humildes, que se sentem valorizadas por terem respostas para seus anseios. O juiz é, na verdade, um instrumentos de alcance para muitos”, disse Cavassa.
Questionado sobre os sonhos que ainda poderia ter para realizar, ele garantiu que pretende fazer o que sempre fez: distribuir justiça.
Ariovaldo Nantes destaca o projeto Acaivi, da comarca de Ivinhema, onde atuou, como parte de momentos que mais o marcaram porque, com a construção de um espaço para atividades esportivas para crianças e adolescentes, pôde contribuir com a comunidade.
“Eu destacaria o momento político atual como o pior momento da carreira, mas nem por isso pensei em desistir ou me arrependi da escolha que fiz como carreira, que é um aprendizado diário seja como profissional, seja como pessoa. E esse aprendizado faz diferença não somente na vida dos jurisdicionados, como também do juiz”, explica.
Qual seria então o sonho que ele ainda pretende realizar: “Não sei se é muita pretensão, mas gostaria de unir os colegas em um propósito comum em benefício da jurisdição, da comunidade. Se isso for possível e eu tiver participado de alguma forma, o fato me deixaria realizado”.