Juiz da Capital torna-se doutor em Direito do Estado
Agora é oficial. Mais um integrante da magistratura sul-mato-grossense tornou-se Doutor em Direito do Estado pela USP, em convênio com a UFMS. Na última sexta-feira (3), o juiz Olivar Augusto Roberti Coneglian, diretor-geral da Esmagis, defendeu sua tese e agora tem o título de Doutor.
Orientado pelo Professor Emérito da USP, Manoel Gonçalves Ferreira Filho, Olivar apresentou o trabalho denominado “O polipartidarismo e a Constituição de 1988”. Participaram da banca, além do orientador, o Des. Vilson Bertelli (TJMS), o Des. José Carlos Francisco (TRF-3), o ex Advogado-Geral da União José Lei Mello do Amaral Jr, que também é professor da USP, e as Professoras Lívia Gaigher Bósio Campello (UFMS) e Estefânia Maria de Queiroz Barbosa (UFPR).
Graduado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Mestre em Direito do Estado pela ITE/Bauru, Olivar relata que os preparativos para ingressar em um doutorado começaram em 2017 e, após ser admitido no programa de doutoramento, começou a cursar os créditos em 2018.
Além das horas diárias de estudo e viagens constantes para a cidade de São Paulo, o juiz também realizou parte dos estudos em Portugal e na Itália. Contudo, o maior desafio, segundo ele, foi fazer pesquisa de qualidade após o início da pandemia, já que, por um longo tempo, grande parte das boas bibliotecas ficou fechada.
Questionado sobre os resultados obtidos com seu trabalho, Olivar explicou que conseguiu apresentar uma radiografia das arenas e de como se relacionam os poderes no Brasil, mas, de acordo com o professor Manoel Gonçalves Ferreira Filho, o juiz de MS apresentou o melhor trabalho e a sua foi melhor banca da qual participou nos últimos anos.
Ao final, Olivar fez questão de ressaltar que o estudo que realizou não é fruto de uma só pessoa, mas de uma coletividade e não poderia deixar de agradecer a uma infinidade de atores que vão desde sua equipe no Fórum de Campo Grande até as administrações do TJMS que permitiram seus afastamentos em determinados momentos, além da família, da USP e da UFMS.
“O doutorado é uma fase, um caminho, uma forma de aperfeiçoamento, tudo para o objetivo principal, que é a melhora do que se faz no dia a dia. Pretendo continuar trabalhando e, com os estudos, melhorar os julgamentos que realizo, mas também me dedicar à docência relacionada diretamente à formação dos magistrados”, concluiu.