“Eu, Juíza” apresenta juíza substituta que atua na comarca da Capital
A diretora da Mulher Magistrada da AMAMSUL, Camila de Melo Mattioli Pereira, retomou em maio deste ano uma proposta que valoriza a mulher que integra a magistratura sul-mato-grossense : “EU, JUÍZA”.
O projeto, que homenageia cada mulher magistrada, sua história e trajetória na justiça de MS, foi criado no biênio 2019/2020 pela então ocupante da diretoria, desembargadora aposentada Maria Isabel de Matos Rocha.
Em razão da grande repercussão na sociedade, por permitir que a população conheça as mulheres fortes, inteligentes e capazes que fazem parte a magistratura de MS, a proposta foi retomada. Segundo Camila, a intenção é permitir que se conheça um pouco das novas juízas substitutas empossadas em setembro de 2021 e em abril de 2022.
Além disso, a nova edição do “Eu, Juíza” abre espaço para as magistradas que não puderam participar da primeira rodada de entrevistas. Ao final, as entrevistas serão parte de um livro - um registro histórico, nunca feito de forma tão particularizada pela entidade associativa.
Esta semana, a juíza substituta a colaborar com a proposta é Mayara Luiza Schaefer Lermen, designada para atender a população que busca solução para sua demanda na 5ª Vara de Família e Sucessões da Capital.
Natural de Assis Chateaubriand, Mayara sempre estudou em escolas públicas e a decisão pela carreira na magistratura surgiu no terceiro ano da graduação. “Imaginando o longo caminho que tinha pela frente, buscava estudar um pouco mais do que era proposto pelos professores”, contou ela.
Após o término do curso, começou a trabalhar como assistente de juiz e iniciou os estudos para o concurso de magistratura.
1) Qual a data de seu ingresso na magistratura?
Dia 15 de setembro de 2021.
2) Está em exercício ou já se aposentou?
Em exercício.
3) Como foi sua posse?
A concretização de um sonho, quando passei a entender o significado de diversas renúncias e desafios. Foi também o início de um novo sonho e de um novo compromisso: de judicar com imparcialidade, isonomia, dedicação e sensibilidade.
4) Como foi seu primeiro dia de juíza?
Em meio ao entusiasmo de começar a judicar, mais uma vez, me deparei com a responsabilidade que o cargo exige.
5) Qual foi seu dia mais feliz de magistrada?
São vários dias felizes. Me sinto realizada na magistratura. Embora tenha ingressado há pouco, trago comigo a certeza de que não poderia ter escolhido outro caminho a seguir.
6) Qual foi a ação mais significativa ou decisão mais marcante da qual se orgulha?
Como, por ora, estou judicando em vara especializada e com processos críticos, que já tramitam há bastante tempo, fico muito feliz em conseguir dar encerramento a essas demandas. Não é só uma decisão final, mas o encerramento de um ciclo na vida dos jurisdicionados.
7) O que mais a comoveu na atuação como juíza?
É difícil lembrar de um caso específico, mas as demandas que envolvem crianças e adolescentes são sempre mais sensíveis e chamam atenção no dia a dia.
8) Qual seu sonho de magistrada?
Seguir o caminho da magistratura sempre atenta aos compromissos que firmei quando tomei posse no cargo.
9) O que gosta de fazer no tempo livre?
Assistir um bom filme; permanecer com a família e amigos.
10) Qual seu desafio pessoal e/ou profissional mais relevante?
Frente ao grande número de processos, manter-me sempre sensível e atualizada.
11) Cite uma mulher inspiradora, brasileira ou não
Minha mãe.
12) Cite uma mulher inspiradora que exerce ou exerceu um cargo no Poder Judiciário
Juíza Renata Gil.
13) O que diria hoje em uma frase a uma mulher que quer ser juíza?
Não desista, o seu esforço vale a pena e certamente há outras mulheres que se inspiram em você.
14) Diga uma frase que a define como mulher magistrada
Compromisso e dedicação são dois vetores no meu dia a dia.