Juízes auxiliares da Capital são empossados
A partir desta quinta-feira (19), a comarca de Campo Grande tem dois novos juízes judicando: Luciane Buriasco Isquerdo, que assume a 3ª Vara do Juizado Especial, e José Henrique Kaster Franco, que responderá pela 11ª Vara do Juizado Especial.
A solenidade de posse foi realizada no plenário do Tribunal do Júri, no Fórum da Capital, na presença de juízes da Capital e do interior, dos desembargadores Ruy Celso Barbosa Florence e Sérgio Fernandes Martins, do presidente da AMAMSUL, Fernando Cury, além de representantes do Ministério Público, da Defensoria e da OAB/MS.
O juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, diretor do Foro de Campo Grande, deu as boas-vindas aos empossandos, lembrou da proposta do Des. Divoncir Schreiner Maran, presidente do TJMS, que se dispôs a administrar pessoas; apontou que, como diretor do Foro da Capital, sua gestão pretense ser participativa e declarou que esse tem sido seu desafio.
“A importância de solenidades como essa é recepcionar os colegas, apresentá-los para a comunidade jurídica da comarca de Campo Grande e à sociedade, além da valoriação dos magistrados. Os juízes que hoje são empossados passaram vários anos da carreira no interior e, por mérito deles, independente do critério de promoção, estão aqui tomando posse em comarca de entrância especial. Esse é um fato especial para os dois e nós, como integrantes da carreira jurícia, temos que valorizar este momento”, disse.
Em nome dos juízes da Capital falou a juíza Mariel Cavalin dos Santos. Ela iniciou o discurso apontando a sensibilidade do presidente do TJMS na condução ágil do processo de provimento das vagas de juízes auxiliares da comarca de Campo Grande, numa demonstração de preocupação e responsabilidade da eficiência do Poder Judiciário, traçou um perfil dos empossandos, ressaltando as qualidades pessoais e profissionais de cada um e desejou sucesso aos dois na nova fase profissional.
“Bem-vindos Luciane e José Henrique. Tenho certeza que a comarca de Campo Grande foi a maior beneficiada com suas promoções. Deejo-lhes, pois, todo o sucesso neste novo desafio”.
O Des. Julizar Barbosa Trindade, vice-presidente do TJMS, falou em nome do Tribunal de Justiça. Ele apontou que os juízes, enquanto no interior, almejam a Capital e que o caminho percorrido até que o desejo seja realidade é de muito aprendizado.
“Quando prestamos concurso não imaginamos a responsabilidade e as dificultades que enfrentaremos no caminho da magistratura. Entretanto, para quem é vocacional tudo isso é superavel: o importante é chegar na Capital, embora continue a mesma luta. É um passo a mais na carreira. Tenho certeza que Campo Grande é que ganha com os dois juízes”.
Julizar apontou o currículo dos empossandos, preocupados com a carreira - com estudos e aprimoramento - e garantiu que todo o esforço é para que o jurisdicionado tenha uma prestação jurisdicional eficiente.
“Fazemos tudo isso para aprimorar a judicatura. É um orgulho participar deo Poder Judiciário de MS, respeitado em todo o país. A despeito das dificuldades, levamos a justiça em tempo razoável e cumprimos nosso papel e vocês fazem parte desse contexto. É uma alegria recebê-los em Campo Grande e o TJMS sempre esteve e estará à disposição”, concluiu o desembargador.
Luciane Buriasco falou pelos empossandos. Em um discurso conciso e carregado de significados, ela lembrou da posse de ambos na magistratura em 2002, das dificuldades enfrentadas no carreira e ressaltou a realidade diária quando se judica em comarcas do interior.
“Mesmo com poucas opções de lazer, o juiz não consegue deixar a toga no gabinete. Sem que perceba de início, ela o acompanha na padaria, escola dos filhos, parquinho da praça. Além dos olhares, vez ou outra alguém o chama de Doutor e até comenta sobre um processo do qual mal nos lembramos, pouco importa seja ou não o gabinete um local acessível. Ninguém que não viveu tem noção do que seja isso. A toga tem o peso de se ser justo, nobre, sábio, ponderado, a todo instante. Chamo a experiência de ser juiz no interior de um mergulho: é intenso, profundo, demorado: foram 16 anos para nós”, garantiu.
Ela citou a trajetória profissional e acadêmica de ambos para ressaltar a sensação de felicidade pela conquista de morar em Campo Grande, a cidade almejada desde o início. “Amambai, Bonito, Chapadão do Sul e Cassilândia, com alguma passagem por Jardim, Porto Murtinho, Bela Vista e Costa Rica: para mim, foram as Comarcas. Rio Verde, Ponta Porã, Nova Andradina, com alguma passagem por Campo Grande, Coxim, São Gabriel do Oeste e Ivinhema: para José Henrique. Eu sempre em Vara mista; José Henrique há 12 anos em Vara criminal. Finalmente, Campo Grande. Finalmente, a toga fica no gabinete ao fim do dia”.
Ao final, uma referência pessoal. “Os familiares, especialmente meu marido Wellington e esposa do José Henrique, nossa colega Ellen, seguirão com o maior esforço: aquele de se solidarizar com a nossa dor e também por vezes ser quem nos fala o que ninguém mais tem coragem de nos dizer. A vocês, nosso mais especial obrigado. E que venha a nova fase da carreira!”
Com o discurso, Luciane apontou que tem consciência os desafios que a esperam. E o juiz Kaster Franco? Quais as expectativas quanto ao trabalho que assume agora? “As minhas expectativas são as melhores possíveis, mais especialmente no aproximar o judiciário da sociedade, da população que tanto precisa dos serviços da justiça de forma ágil, humana e preocupada, sobretudo, com os mais pobres”, disse ele.
Kaster Franco defende uma justiça humanizada, sensível às necessidades das pessoas. “Justiça que olhe, que ouça, que esteja ao lado da população, pronta para fazer valer direitos fundamentais em um país que tanto necessita de dignidade”, concluiu o juiz.
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