AMAMSUL completa 44 anos defendendo a magistratura de MS
“É uma honra fazer parte desse time, entrar no rol de pessoas que lideraram a associação e poder contribuir um pouco para o crescimento associativo da magistratura, na certeza de que a AMAMSUL um futuro com muitas conquistas em prol da magistratura e do Poder Judiciário”.
Com essa afirmativa, o juiz Giuliano Máximo Martins comemora os 44 anos de existência da Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul (AMAMSUL), neste sábado, 2 de julho. Atualmente, a entidade tem mais de 300 associados em seus quadros.
Eleito para presidir a entidade associativa no biênio 2021/2022, Giuliano lembra que nessas mais de quatro décadas, a AMAMSUL cresceu e conquistou espaço nos cenários estadual e nacional, já que a entidade se tornou referência para todos os magistrados que judicam em Mato Grosso do Sul, oriundos de todas as regiões do Brasil.
História - A AMAMSUL foi criada no dia 2 de julho de 1978, quando 25 juízes se reuniram na região sul de Mato Grosso, alguns meses antes da divisão do Estado de Mato Grosso Uno e o surgimento de Mato Grosso do Sul.
Na verdade, o TJMT não aceitou muito bem a criação de uma associação por entender que a entidade seria criada para se contrapor às diretrizes do tribunal. Nesse clima, no dia 8 de dezembro de 1968, no salão nobre do antigo prédio do tribunal de MT, foi realizada uma reunião e nenhum juiz de Cuiabá compareceu, mas estavam presentes os desembargadores João Antônio Neto, Leão Neto do Carmo e Oscar Ribeiro Travassos.
Com a presença mínima de magistrados, elegeu-se o Des. Travassos. Como ele não acreditava na importância da associação, limitou-se a registrar os estatutos. O tempo passou e a associação ficou praticamente sem dirigente porque somente os juízes do sul se interessaram. No início da década de 1970, o presidente do TJMT, Des. Milton Armando Pompeu de Barros, convocou uma assembleia geral para eleger a nova diretoria da associação. Disputaram os desembargadores Leão Neto do Carmo e Domingos Sávio Brandão Lima, que venceu a eleição.
A associação promoveu um congresso, reuniões, mas tudo era muito difícil. O presidente seguinte foi o Des. Mauro José Pereira e, nesse período, não houve grandes inovações. Em seguida, Jesus de Oliveira Sobrinho foi eleito presidente e implantou a ficha de inscrição, permitindo conhecer o associado e sua família. Na mesma época, a entidade foi declarada de utilidade pública, possibilitando a abertura de conta em banco para administrar os recursos.
Quando o centro político-administrativo de MS estava sendo construído, a entidade recebeu do governo Garcia Neto a doação de uma quadra para a construção da futura sede. Chamava-se AMAM. Houve ainda doação de uma área em Jaciara, onde foi construída sede para o magistrado que quisesse passar o final de semana com a família.
Em 1977, o Des. Milton Armando Pompeu de Barros foi eleito e seu vice foi Athayde Nery de Freitas, quando se conseguiu em Coxim a Ilha do Governador para a construção de uma sede bonita, com energia elétrica. Quem trabalhou muito para isso foi o então juiz Rêmolo Letteriello, contudo, antes da inauguração, a maior enchente de Coxim abriu a ilha ao meio e levou tudo o que havia nela.
Pouco tempo depois de eleito, o Des. Milton renunciou e assumiu o juiz Athayde, que judicava em Dourados. Como ele residia longe da Capital, as dificuldades eram muitas e a associação ficou meio parada. Houve então uma reunião dos juízes no território de MS para eleger a nova diretoria e finalmente criar a associação de Mato Grosso do Sul. Rêmolo Letteriello foi eleito o primeiro presidente da AMAMSUL.
Com a divisão do Estado, houve também a separação do patrimônio. A AMAM ficou com os imóveis no norte e a AMAMSUL, com o dinheiro depositado. Rêmolo então comprou o terreno e iniciou a construção da sede.
Desde o início, atuaram como presidentes Rêmolo Letteriello (1979/1980), Leão Neto do Carmo (1981/1982), Aleixo Paraguassu Netto (1983/1984), José Rizkallah (1985/1986), José Goulart Quirino (1987/1988), João Maria Lós (1987/1988), José Augusto de Souza (1989/1990), Divoncir Schreiner Maran (1991/1992), Rubens Bergonzi Bossay (1993/1994), Sideni Soncini Pimentel (1995/1996), Ruy Celso Barbosa Florence (1997/1998), Francisco Gerardo de Sousa (1999/2000), Luiz Gonzaga Mendes Marques (2001/2002), Marco André Nogueira Hanson (2003/2004), Marcelo Câmara Rasslan (2005/2006), Luiz Antonio Cavassa de Almeida (2007/2008), Dorival Moreira dos Santos (2009/2010), Olivar Augusto Roberti Coneglian (2011/2012), Wilson Leite Corrêa (2013/2014), Luiz Felipe Medeiros Vieira (2015/2016), Fernando Chemin Cury (2017/2018), Eduardo Eugenio Siravegna Jr. (2019/2020) e Giuliano Máximo Martins (2021/2022).