Novos diretores de Foro assumem suas funções nesta quarta-feira
Entra em vigor nesta quarta-feira (1º) a Portaria nº 195, que designa os juízes diretores de Foro para o ano Judiciário de 2023, com efeitos até 29 de fevereiro de 2024. Nas comarcas de uma só vara será diretor do Foro o juiz titular da comarca.
Assim, assumem a responsabilidade de administrar o foro os juízes Diogo de Freitas (Amambai), Luciano Pedro Beladelli (Anastácio), André Ricardo (Aparecida do Taboado), Giuliano Máximo Martins (Aquidauana), Cezar Fidel Volpi (Bataguassu), Jeane de Souza Barboza Ximenes (Bela Vista), Milton Zanutto Jr. (Bonito), Pedro Henrique Freitas de Paula (Caarapó), Ronaldo Gonçalves Onofri (Camapuã), Joseliza Alessandra Vanzela Turine (Campo Grande), Elisabeth Rosa Baisch (Juizados em Campo Grande), Flavia Simone Cavalcante (Cassilândia), Sílvio Cezar do Prado (Chapadão do Sul), André Luiz Monteiro (Corumbá), Laísa de Oliveira Ferneda Marcolini (Costa Rica), Larissa Luiz Ribeiro (Coxim), César de Souza Lima (Dourados), Mario Cesar Mansano (Fátima do Sul), Evandro Endo (Itaporã), Roberto Hipólito da Silva Jr. (Ivinhema), Melyna Machado Mescouto Fialho (Jardim), Raul Ignatius Nogueira (Maracaju), Alexsandro Motta (Miranda), Guilherme Henrique Berto de Almada (Mundo Novo), Eduardo Lacerda Trevisan (Naviraí), Juliano Luiz Pereira (Nova Alvorada do Sul), Walter Arthur Alge Netto (Nova Andradina), Plácido de Souza Neto (Paranaíba), Sabrina Rocha Margarido João (Ponta Porã), Thiago Notari Bertoncello (Ribas do Rio Pardo), Mariana Rezende Ferreira Yoshida (Rio Brilhante), Rafael Gustavo Mateucci Cassia (Rio Verde de Mato Grosso), Marcus Abreu de Magalhães (São Gabriel do Oeste), Fernando Moreira Freitas da Silva (Sidrolândia), Valter Tadeu Carvalho (Terenos), e Márcio Rogério Alves (Três Lagoas).
Mas como será responder pela jurisdição e, ao mesmo tempo, pela parte administrativa do Foro? A juíza Denize de Barros Dodero, primeira mulher a responder pela direção do Foro na Capital em mais de 100 anos de existência da comarca, afirma que deixa as funções com sentimento de profunda gratidão e confessa que foi uma experiência desafiadora e extremamente enriquecedora.
“Seguindo os propósitos da Administração, e juntamente de nossa equipe, superamos uma pandemia, inovamos com recursos tecnológicos e novas ferramentas de gestão, empreendendo todos os esforços para a continuidade e excelência nos serviços judiciários. Levarei comigo lembranças de momentos bons, solidariedade e empatia, parcerias valiosas, amizades especiais e inesquecíveis ensinamentos. Mais uma vez, meu especial agradecimento ao Des. Carlos Eduardo Contar, pela honrosa oportunidade, e ao des. Luiz Tadeu Barbosa Silva, pelo inestimável apoio junto da Corregedoria-Geral de Justiça. Para a nova gestão, meus sinceros votos de muito sucesso, prosperidade e vitórias”, despediu-se.
Como diretor do foro da comarca de Itaporã desde julho de 2016, em uma vara única e um juizado especial adjunto, o desafio para o juiz Evandro Endo sempre foi gerenciar da melhor forma os recursos humanos e materiais do prédio. Ele conta que para que o serviço seja de qualidade, célere, mas principalmente humano, é fundamental o excelente trabalho da secretaria da direção do foro, cargo ocupado atualmente por Tereza Ferreira de Aguiar, uma das servidoras mais antigas da comarca.
“Tereza não mede esforços para atender bem seus colegas e os jurisdicionados, mesmo em finais de semana, feriados e até no período noturno, a exemplo de sessões de júris no ano de 2022 que se estenderam até próximos da meia noite. Ela realmente facilita o meu trabalho como gestor administrativo da unidade e merece muito crédito. Aliás, atualmente o prédio do fórum de Itaporã passa por uma grande reforma e esse período tem sido desafiador. Portanto, embora a atividade administrativa da direção do foro não seja propriamente jurisdicional, demanda equilíbrio, paciência e compreensão das realidades de cada comarca”, explicou Evandro.
A nova diretora do Foro da Capital será a juíza Joseliza Alessandra Vanzela Turine. Com mais de 20 anos de magistratura, ela responderá pelo foro da maior comarca do Estado. Questionada sobre o fato de estar preparada para as questões que exigirão sua atenção, além da atividade judicante, nos próximos dois anos, ela garantiu que será um desafio suceder os colegas que já ocuparam a função, em especial Denise Dodero, sua antecessora imediata.
“Desde 1993 venho atuando no Poder Judiciário. Em 1995, fui aprovada em concurso para a Justiça Federal e atuei na secretaria judiciária e em gabinete, de forma que conheço a atuação em diversos setores administrativo e de gestão do Fórum, até porque durante a carreira de juiz, no interior, atuamos como diretor do foro. Sempre entendi que há dupla função na magistratura: gerir os processos com os conhecimentos jurídicos e gerir a unidade judiciária em seus aspectos plurais, sobretudo relativos às pessoas e fluxos de serviços. Na minha pesquisa de doutorado e na especialização em Jurisdição Inovadora, concluída recentemente, tive contato com os fundamentos da inovação, governança e sustentabilidade, e pretendo aplica-los durante a atual gestão. Assim, busco preparo contínuo, o que não afasta a oportunidade de novos conhecimentos e estratégias de atuação frente a variáveis internas e externas, sempre em busca de referência na prestação jurisdicional e na governança pública”, explicou Joseliza.
Designado para responder plenamente por Anaurilândia desde agosto de 2022, o juiz substituto Túlio Nader Chrysostomo aponta que tão desafiador quanto começar na judicatura, foi iniciar na administração do fórum. A despeito do pequeno porte do prédio, explica ele, por abrigar vara única, dúvidas não faltaram para lidar com os inúmeros problemas que se surgiam.
Túlio admite que é uma atividade para a qual não chegou preparado, pois os estudos quase nada ensinaram sobre o tema e que, no primeiro momento, buscou entender a organização do local, as necessidades funcionais e de pessoal para, em seguida, deparar com problemas tanto estruturais quanto de equipamentos, mobiliário, manutenção, etc. Por fim, foi necessário buscar as soluções.
“Não há um manual. Administrar o fórum é cuidar das pessoas que nele trabalham para que possam sentir-se confortáveis, admirar o seu ambiente de trabalho, sentirem-se seguros de que as ‘engrenagens’ estão em seus devidos lugares. Não é tarefa fácil, exigindo tempo e dedicação, recursos escassos ao magistrado. No entanto, a eficiência na prestação jurisdicional exige, antes de tudo, que a nossa casa esteja arrumada”, garantiu.
Para Túlio, a experiência adquirida vale muito e é necessário ter uma secretaria que cuide do prédio, ajude identificar os problemas e propor as soluções. “Nosso dever, enquanto juízes diretores dos foros, é cuidar dos fóruns como cuidamos de nossas casas. O fórum abriga nosso dia a dia, nossos momentos de dedicação, trabalho, reflexão e, até mesmo, pausas para o café. É primordial que ele esteja organizado, com estrutura que permita o desenvolvimento do trabalho. Para a minha sorte, em Anaurilândia, tenho o apoio extraordinário da secretaria, com servidoras e servidores que não apenas administravam os problemas, mas conheciam todos os ‘segredos’ do prédio e dele cuidavam como se fosse sua segunda casa, especialmente a Secretária da Direção do Foro, Tânia Maria Rodrigues Venâncio”, completou.
Outra mulher a ter a responsabilidade de responder pelo Foro dos Juizados da Capital é a juíza Elisabeth Rosa Baisch. Embora ela já responda por tal função e tenha sido designada para continuar a fazê-lo, na gestão 2023/2024, ela admite que o cargo traz grandes desafios e responsabilidades.
Ela lembrou que transitam pelo complexo diariamente mais de 700 funcionários e centenas de pessoas que buscam os serviços da justiça e tudo isso exige muita organização e logística por parte da direção do Cijus. Não se pode esquecer, segundo Baisch, que existe ainda o apoio do Conselho de Supervisão dos Juizados, atualmente dirigido pelo Des. Alexandre Bastos.
“O Centro Integrado de Justiça é um complexo de serviços, muitos dos quais são prestados diretamente a população. E’ uma honra ser reconduzida pelo presidente do TJ, Des. Sérgio Fernandes Martins, para prosseguir na direção do Cijus. Temos muitos projetos em curso e queremos implantar muitos outros, dentro da vontade política da administração de aproximar a comunidade dos serviços que prestamos, de aprimorar o atendimento ao público e advogados e também de modernizar as rotinas de trabalho”, complementou.
Para o juiz César de Souza Lima, que assume a direção do Foro de Dourados, segunda maior comarca de MS, a nova função é um desafio, principalmente pelos colegas que o antecederam com muita competência. Ele destacou que está grato pela nomeação e fará o seu melhor para corresponder à expectativa da administração do TJ, á que pretende trabalhar alinhado aos direcionamento que a direção do TJMS tomará neste biênio, sob a presidência do Des. Sérgio Fernandes Martins.
“É uma honra poder exercer a direção do foro justamente quando o Des. Sérgio é o presidente. Óbvio que tentaremos, de todas as formas, alinhar a direção do foro de Dourados com as perspectivas e objetivos do TJ e da atual administração. De fato, é um trabalho grande por se tratar de uma comarca de bom tamanho e também envolver cartórios extrajudiciais, funcionários e a parte administrativa. Darei continuidade ao que os colegas vinham fazendo, com muita competência, mas também pretendo imprimir uma forma pessoal de trabalho como, por exemplo, tentar ouvir todos os juízes e servidores para tentar compor da melhor forma. Algumas decisões administrativas tomaremos em conjunto para atender da ainda melhor o jurisdicionado”, concluiu.