Juiz da Capital é empossado como desembargador
“Ser promovido ao cargo de desembargador é atingir o ápice da carreira de magistrado estadual e esse passo traduz, por si mesmo, a experiência e maturidade profissional. Assim, foi com grande alegria que recebi a notícia da promoção do juiz Lúcio Raimundo da Silveira para o cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de MS. Magistrado discreto, sereno e preocupado com a presteza no exercício de suas funções, sempre pautou sua vida nos princípios cristãos: respeito e amor ao próximo. Ingressou na carreira em 1989 e desde então se dedica à prestação jurisdicional para a sociedade sul-mato-grossense. Nesta nova etapa como integrante da corte estadual, meu desejo é que continue a trilhar o caminho de sucesso que vem pavimentando ao longo de toda sua vida como juiz”.
As palavras são da juíza Mariel Cavalin dos Santos, presidente da Associação dos Magistrados de MS (AMAMSUL) que presenciou a promoção do juiz substituto em 2º grau Lúcio Raimundo da Silveira para desembargador, na vaga resultando da aposentadoria do Des. Julizar Barbosa Trindade, na sessão do Tribunal Pleno, nesta quarta-feira (17). Ciente do fluxo de trabalho dos julgadores de segundo grau, Lúcio preferiu ser empossado imediatamente após a promoção.
Como é chegar ao ápice da carreira? Para responder a esse questionamento, o Des. Lúcio fez uma comparação para afirmar que atingir o ápice da carreira é a união estável convertida em casamento. Sempre bem humorado, ele destacou outro ponto positivo na promoção: quando já preenche as condições para a aposentadoria, continua sendo útil à sociedade e isso é muito bom.
“Sempre gostei de trabalho voltado para a sociedade. No Tribunal de Justiça é um pouco diferente, mas também atende a sociedade. Gosto de interagir com as pessoas, com a população. Nunca gostei de atuar em uma comarca sem morar na localidade, para sentir o povo, os costumes. Em todos os lugares pelo quais passei, deixei um pedacinho e levei muita coisa. Não existe juiz ideal, existe o real e isso sempre procurei ser”, disse ele.
Em seu discurso de posse, ele lembrou de uma ocasião em que os servidores de Nova Andradina fretaram um ônibus e foram para Dourados, comarca para onde havia sido removido, fazer uma visita surpresa. “Ao longo da carreira passei por comarcas como Porto Murtinho, Aquidauana, Bandeirantes, São Gabriel do Oeste, Camapuã, Nova Andradina, Dourados, Itaporã, Bataguassu, Anaurilândia, Bataiporã, Caarapó, entre outras, nas quais fui bem recebido e das quais guardo ótimas recordações”.
A solenidade de posse imediatamente após a votação do concurso de promoção. Lúcio Raimundo da Silveira foi levado ao plenário pelo Des. João Maria Lós, decano da corte, e pelo Des. Ary Raghiant Neto, o mais moderno, para receber a toga das mãos da esposa Ilza Vilela da Silveira depois de prestar o compromisso legal.
O Des. Sideni Soncini Pimentel recepcionou o novo integrante da mais alta Corte de justiça de MS em nome do Tribunal de Justiça. Ele afirmou estar orgulhoso por ter sido escolhido para a saudação ao novo integrante do Tribunal Pleno.
“É praxe nestes momentos apontar as características pessoais, profissional e social do empossado. Falar do colega Lúcio é muito simples, pois simples sempre foi e continua sendo. Típico mineirinho, afável, religioso praticante deixou exemplos e forma de convivência sendo seguidos por onde passou. (…) Nesta Corte demonstrou exemplar capacidade de serviço. Seu comportamento gentil e lhano perante os advogados e servidores sempre foram enaltecidos. Sua vinda para este Corte bem substituirá à altura seu sucedido. Em nome deste Tribunal de Justiça manifesto votos de judicioso trabalho e pleno sucesso na sua nova missão”.
Conheça – Mineiro nascido na cidade de Passos, o Des. Lúcio Raimundo da Silveira ingressou na magistratura sul-mato-grossense em janeiro de 1989 como juiz substituto. Em junho de 1989 foi promovido para judicar em Bandeirantes como juiz de primeira entrância
Em novembro de 1995, uma nova promoção o levou para comarca de Nova Andradina, onde passou a atuar como juiz de segunda entrância. Em maio de 2001, foi promovido para o cargo de juiz de auxiliar, para atuar em comarca de entrância especial, e começou a julgar na Capital, contudo, por remoção, em novembro do mesmo ano, mudou-se para Dourados.
Lúcio permaneceu em Dourados até 2019, quando foi novamente removido para a Capital como juiz substituto em segundo grau. Promovido por aclamação, com o critério antiguidade, foi empossado no cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de MS.