Exposição mostra a história do Tribunal do Júri
O presidente da AMAMSUL, Luiz Felipe Medeiros Vieira, prestigiou na tarde desta sexta-feira (27), no Fórum Heitor Medeiros em Campo Grande, a inauguração da exposição permanente que mostra a história do Tribunal do Júri.
Luiz Felipe elogiou a iniciativa do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, idealizador da proposta e titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, cujo objetivo é preservar o valor histórico do Tribunal Júri. “Nesta exposição ficarão permanentemente disponibilizados relatos históricos, processos de grande repercussão e fotos dos juízes que titularizaram as varas dos tribunais do júri da Capital. Sem dúvidas, uma ótima maneira de difundir a instituição do Júri”, disse ele.
Para quem não sabe, a comarca de Campo Grande tem duas varas do Tribunal do Júri, que teve seu primeiro caso julgado em dezembro de 1912 e atualmente possui uma das estruturas mais modernas do país.
Em 2014, o juiz Aluizio Pereira dos Santos, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, realizou o primeiro júri da América Latina por videoconferência, permitindo maior dinamismo no andamento dos julgamentos.
A exposição é aberta à população e fica no rol de entrada do Tribunal do Júri, no prédio do Fórum. O visitante poderá conhecer a ala dos relatos históricos e a galeria de magistrados que presidiram os tribunais do júri da Capital, desde que foram criadas as duas varas especializadas em 1994.
Na solenidade foram homenageados o Des. Júlio Roberto Siqueira Cardoso e os advogados Ricardo Trad e Renê Siufi, sendo o primeiro o juiz que mais presidiu sessões de julgamento em 15 anos judicando na 1ª Vara do Tribunal do Júri.
Em seu discurso, o Des. Júlio lembrou dos anos em que atuou no Tribunal do Júri da Capital e garantiu que foram grandes os desafios. Ele citou um caso de grande comoção, que foi a morte da prefeita de Mundo Novo, Dorcelina Folador. "Julgamos sete dos acusados. Como a vítima foi eleita com grande apoio do Movimento Sem-Terra, a cada audiência tínhamos vários ônibus que traziam muitas pessoas. A vontade de fazer justiça era muito grande", rememorou.
O juiz Garcete explicou que a ideia surgiu no momento que percebeu acervo histórico sobre o tribunal do júri existente no Tribunal de Justiça. “Campo Grande fez história e este material não deve se perder no tempo. A intenção é resgatar o conjunto de informações e processos históricos e disponibilizar tudo isso, permitindo que a população e os estudantes tenham acesso a essas informações”, garantiu o juiz.
A exibição aborda todo o histórico da instituição do Júri, desde sua origem na Roma Antiga até os dias atuais. Um rico acervo que merecia ser valorizado. O primeiro caso julgado na comarca de Campo Grande foi em 1912. Na exposição também há armas antigas, usadas nos crimes de homicídio, e cartazes que mostram a evolução do Tribunal do Júri e mostram casos julgados de grande repercussão.
FOTOS: Luciano Escobar (Comunicação TJMS)